Comissão da Verdade do Rio convida a todos e todas para o Testemunho da Verdade sobre os efeitos transgeracionais da violência de Estado. O evento contará com cinco depoimentos, exposição de cartas e desenhos da época, além de apresentações artísticas de filhos e netos de atingidos pelas violações de direitos humanos cometidas pela ditadura militar. Saiba mais, clique aqui
Com a palestra “Memória, Direitos e Reparação: Impactos legais e políticos das apurações das Comissões da Verdade”, será lançado, às nove horas, na terça-feira, 29/09, o Núcleo Fiocruz/RJ da Comissão da Verdade da Reforma Sanitária (CVRS).
A palestrante é a presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio), Nadine Borges. Após a palestra, será realizado um depoimento público com Antônio Ivo de Carvalho, pesquisador e ex-diretor da Ensp.
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Jornal GGN - O prazo para a conclusão dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade é até o dia 16 de dezembro de 2014. Instituída em maio de 2012, a CNV deve entregar um relatório final com a conclusão desses mais de dois anos de depoimentos, documentos e investigações, além de recomendar mudanças nas leis para fortalecer a defesa dos direitos humanos, sem repetir as graves violações que o regime da ditadura provocou no Brasil. No documento final, a CNV dedicará um capítulo para sugestões da população.
O deputado Rubens Paiva, torturado e assassinado durante a ditadura militar, será homenageado com um busto e exposição de sua trajetória pessoal e política, na sexta-feira, 12 de setembro, às 13h, na Praça Lamartine Babo, que fica próxima à Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, no Rio de Janeiro. O local é em frente à entrada do prédio onde funcionou o DOI-Codi, no Batalhão da Polícia Militar, onde foram presos, torturados e assassinados militantes contrários à ditadura e, alguns dos quais não tiveram seus corpos encontrados até os dias atuais.
Carlos Botazzo: “A ditadura silencia pessoas, silencia instituições. A Faculdade de Saúde Pública teve um período de silêncio conveniente. Não era só um silêncio da vontade, como se as pessoas quisessem ficar em silêncio”.
Carlos Botazzo é responsável pelo Núcleo Local do Estado de SP da CVRS.
Sistema da Comissão da Verdade da Reforma Sanitária recebe relatos de trabalhadores da Saúde que sofreram com atos do governo militar
Em língua banto, tronco linguístico que deu origem a diversos idiomas africanos, a palavra ushahidi quer dizer testemunho. E é por meio de um sistema de código aberto que tem esse nome que a Comissão da Verdade da Reforma Sanitária (CVRS) dá mais um passo em direção ao seu propósito de localizar trabalhadores da Saúde que foram vítimas dos atos da ditadura militar. O sistema está no ar, e a expectativa é que receba relatos de todo o Brasil, de pessoas que sofreram impactos ou foram testemunhas de violações de direitos humanos cometidas por atos do governo militar, entre 1964 e 1985.
“Essa é uma plataforma crowdsourcing e sua fonte é a multidão”, diz Marcel Pedroso, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz (Icict/Fiocruz), referindo-se ao modo como as informações são capturadas, online, tendo como fonte os próprios cidadãos. Segundo ele, a proposta vai dar voz e identificar aqueles que até hoje mantêm-se anônimos. “Além dos grandes nomes, das personalidades, sabemos que muitos sofreram ou presenciaram violações de direitos humanos e não se manifestaram. Quanto mais divulgarmos a existência desse ambiente, mais relatos vão aparecer”.
O GT de Saúde & Ambiente da ABRASCO irá realizar no período de 19 a 22 de outubro de 2014, na cidade de Belo Horizonte/MG, o 2º Simpósio Brasileiro de Saúde & Ambiente (2ºSIBSA). O tema central deste simpósio será Desenvolvimento, Conflitos Territoriais e Saúde: Ciência e Movimentos Sociais para a Justiça Ambiental nas Políticas Públicas, que para efeito da realização das atividades foi divido em três eixos: Desenvolvimento Socioeconômico e conflitos territoriais; A função social da ciência, ecologia de saberes, e outras experiências de produção compartilhada de conhecimento; Direitos, justiça ambiental e políticas públicas.
O Simpósio tem o propósito de congregar e propiciar o diálogo entre a comunidade de pesquisadores, acadêmicos, gestores, profissionais de saúde e movimentos sociais em torno dos conflitos territoriais em curso no país, seus desafios e alternativas para a garantia do direito à saúde e da justiça ambiental, na perspectiva da ciência, das políticas públicas e da ação política da sociedade.
É com esse espírito que a Associação Brasileira de Saúde Coletiva saúda este 2º SIBSA e convoca a todos interessados nesse debate a contribuir para o alcance dos objetivos propostos por este simpósio.
Clyde Snow já era um renomado antropólogo quando se deparou com o que se tornou uma paixão que durou até o fim de sua vida: a antropologia forense aplicada em casos de violações de direitos humanos.